Escrevi sobre o clássico A Montanha Dos Sete Abutres (Ace In The Hole), do Billy Wilder, lá pro Depredando o Cinema, blog paralelo onde me aventuro a ser “crico” da 7a arte. E aí acabei por destrambelhar a soltar confissões sobre meu desengonçado percurso pregresso no jornalismo, relatando experiências traumáticas como pena de aluguel da ideologia neoliberal-corporativa e descrevendo um pouco daquilo que me deixa indignado e descontente com esta entidade supostamente onipotente e ao qual devemos nos curvar chamada… Mercado. Ah, e lá falo um bocadinho sobre o filme, também! Que é excelente, aliás, como tudo que o Wilder fez (sem brincadeira, coloco o cara entre os 10 melhores cineastas de todos os tempos.) Confiram lá!
p.s.: Ah! Queria avisar também que tô continuando aí embaixo meu artigo filosófico sobre a questão da “objetividade”. Acabo de adicionar o que planejo ser o penúltimo capítulo desta série e que versa sobre como o homem religioso sente-se na necessidade de “consagrar” um certo espaço físico como “sagrado” e “central” no cosmos e o quanto isto se choca contra o discurso científico da modernidade. Uso Eliade, Birman, Weber e Nagel. Sei que o assunto é meio indigesto e os autores um tanto complexos, mas está aí uma tentativa minha de mapear algumas das idéias com que tenho trombado nas minhas leituras e de convidar os poucos visitantes desta goma vítrea a matutarem e dialogarem. Espero que consiga despertar o interesse ou a curiosidade de uns e outros para certas discussões e problemas que considero bem merecedoras da nossa reflexão e nosso trabalho.
Publicado em: 02/10/10
De autoria: casadevidro247
Eu também coloco o Wilder entre os 10 maiores diretores de todos os tempos. Quando vi Crepúsculo dos Deuses pela primeira vez (seguido de Se Meu Apartamento Falasse, no mesmo dia) quase não acreditei que dois trabalhos tão sensacionais, e ao mesmo tempo, conduzidos de forma tão diferente, quanto ao gênero, pudessem ter sido feitos pelo mesmo cara. Não que bons diretores não tenham passeado inúmeras vezes pelos gêneros mais diversos. Mas é muito mais difícil criar tantas obras-primas sem seguir um percurso muito específico. Ele permaneceu coerente, autoral dentro do mainstream e é genial.
:o)
Ééé, Léo. Concordo plenamente! Eu comecei a exporar a obra do Wilder, como a maioria de nós, pelas comédias (Quanto Mais Quente Melhor, Se Meu Apartamento Falasse, O Pecado Mora Ao Lado, Sabrina…) — e adorei todas. Só mais tarde é que, passeando pelos filmes mais “sérios e ambiciosos” do cara fui notar a diversidade temática e a qualidade sempre impressionante que ele imprime aos seus filmes. Dos filmes menos conhecidos aqui no Brasil, tenho um carinho especial pelo “Love In The Afternoon” (um dos melhores papéis da Audrey Hepburn…) e o “The Lost Weekend/Farrapo Humano” (q considero um drama tão bom quanto Crepúsculo dos Deuses)…
Um abraço e volte sempre!
A Casa de Vidro Ponto de Cultura e Centro de Mídia
Léo Tavares
Comentou em 05/10/10